quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Dia do professor - A surdez e a música


A surdez e a música

 Beethoven
Todos sabem que Ludwig  van Beethoven ficou surdo. Talvez, além das famosíssimas composições (muitas delas compostas após a surdez), ele seja mais conhecido por ser ‘aquele compositor que ficou surdo’







http://www.youtube.com/watch?v=YndWToqLh2Y&feature=youtu.be&desktop_uri=%2Fwatch%3Fv%3DYndWToqLh2Y%26feature%3Dyoutu.be&app=desktop

FÁBIO BONVENUTO - Inclusão Musical
Professor titular no Conservatório Mun. de Guarulhos - Coordenador do Núcleo de Inclusão Musical. Com os cursos de Musicografia Braille e Música do Silêncio . Pref. Mun. de São Paulo com o projeto Banda Música do Silêncio. Ministro cursos e palestras sobre música e deficiência. Trabalhos realizados no SESC, Biblioteca Nacional de Pernambuco - Recife, Instituto Benjamin Constant no Rio de Janeiro, ULM- SP, MEC - Lisboa, Vidigueira e Braga / Portugal, Regensburg - Alemanha.

"... A surdez , muito embora seja uma grande barreira , ela não pode ser uma barreira definitiva..." (Reinaldo Leite)


Cérebros de surdos se adaptam para ‘sentir’ a música
Fonte: Sociedade de Radiologia da América do Norte, 28/11/2001


Pessoas surdas sentem vibrações na região do cérebro que pessoas sem essa deficiência utilizam para ouvir, o que ajuda a explicar como músicos surdos podem sentir a música e como pessoas surdas podem apreciar concertos e outros eventos musicais. Essas descobertas foram apresentadas durante a 87a Assembléia Científica e Encontro Anual da Sociedade de Radiologia da América do Norte (em inglês, RSNA).
"As descobertas sugerem que a experiência que os surdos têm quando ‘sentem’ a música é similar à experiência de ouvir música para outras pessoas sem essa condição. A percepção das vibrações musicais pelos surdos é tão real quanto seu equivalente sonoro por serem ambos processados na mesma região do cérebro," afirmou Dr. Dean Shibata, professor de radiologia na Universidade de Washington e autor do estudo

quinta-feira, 26 de setembro de 2013



"Quando eu aceito a língua de outra pessoa, eu aceito a pessoa.
Quando eu rejeito a língua, eu rejeitei a pessoa porque a língua é parte de nós mesmos.
Quando eu aceito a língua de sinais, eu aceito o surdo, e é importante ter sempre em mente que o surdo tem o direito de ser surdo. Nós não devemos mudá-los, devemos ensiná-los, ajudá-los, mas temos que permitir-lhes ser surdo."
Terje Basilier





terça-feira, 19 de março de 2013

OUVIDO E PERDA AUDITIVA

Como funciona nossa audição?






01. Orelha Externa: capta ondas sonoras e as direciona para dentro do canal auditivo que, pela sua forma afunilada, amplifica e canaliza as ondas sonoras para a membrana timpânica.

02. Orelha Média: é uma câmara cheia de ar conectada às cavidades do nariz e da garganta por meio da tuba auditiva. Tem o objetivo de equalizar a pressão do ar dentro da orelha. A tuba auditiva geralmente está fechada e ao engolir ou bocejar, abre-se naturalmente. Nesta cavidade encontram-se os menores ossos do corpo: martelo, bigorna e estribo. Ao atingir a membrana timpânica, as ondas sonoras fazem com que ela vibre, transmitindo o som para os ossículos. Esses ossos minúsculos articulados transmitem as ondas sonoras para a orelha interna.

03. Orelha Interna: é composta pela cóclea (órgão sensorial da audição) e pelo labirinto (responsável pelo equilíbrio). A cóclea é revestida por cerca de 30.000 células ciliadas, as quais convertem as vibrações sonoras em impulsos nervosos. Estes são conduzidos pelo nervo auditivo ao cérebro, onde serão reconhecidos e interpretados.

Por que a audição é lesada?

O sistema auditivo pode ser afetado por alguns fatores, como exemplo: excesso de exposição a ruído, uso inadequado de medicamentos e drogas, algumas doenças (rubéola, caxumba) e até traumas. A perda auditiva pode também ser hereditária ou pode acontecer durante e logo após o parto, além de ser comum no processo de envelhecimento natural.
 
Há quatro tipos de perdas auditivas:
 
• Neurossensorial: mais frequente, refere-se à lesão nas células ciliadas. É parte natural do envelhecimento, mas também pode ser causada por outros fatores como exposição a ruído.
 
• Condutiva: envolve uma obstrução da orelha externa ou média que impede a chegada das ondas sonoras à orelha interna (ex: acúmulo de cera,  perfuração do tímpano).
 
• Mista: combinação de comprometimentos neurossensoriais e condutivos.
 
• Central: não são necessariamente acompanhadas de diminuição da sensitividade auditiva e manifestam-se por diferentes graus de dificuldade na compreensão das informações sonoras.

 



Próteses auditivas gratuitas


Foi inaugurada mais uma APAC de Saúde Auditiva de Média Complexidade em Duque de Caxias / RJ, conveniada ao SUS.
A unidade foi inaugurada recentemente, por isto, há fila de espera para que os pacientes recebam próteses auditivas gratuitas, por isto estamos enviando este comunicado para que seja encaminhado aos médicos e pessoas com deficiência auditiva.
Como se trata de Média Complexidade o atendimento só pode ser feito para crianças acima de (03) três anos de vida e adultos, favorecendo assim a população.
CENTRO DE SAÚDE AUDITIVA – SASE- DUQUE DE CAXIAS – Convênio com o SUS
Especializado no tratamento de deficiência auditiva com exames complementares de média complexidade realizados GRATUITAMENTE.
Avaliação Otorrinolaringológica, diagnóstico de deficiência auditiva, Audiometria, logoaudiometria, impedanciometria, EOA.
PRÓTESES AUDITIVAS GRATUITAS
Adultos e Crianças acima de (03) três anos de idade
Marcação de consultas através de nossa sede pelos telefones:
(21) 2673- 4151 / (21) 2673-4288
Documentos necessários para maração de consulta:
RG, CPF, Comprovante de Residência, Cartão SUS e Certidão de Nascimento (Criança).
Solicitação do médico de indicação em receituário publico.
Trazer o cartão do SUS (Obrigatório para consulta)
Rua Itacibá n° 741 – Paulicéia – Duque de Caxias / Rio de Janeiro
Tel/ Fax: (21) 2673- 4151 / (21) 2673-4288
saudeaudit…@sasesaude.com.br
FONTE: TETERA.COM.BR

terça-feira, 12 de março de 2013

AVALIAÇÃO DE INTÉRPRETES DE LIBRAS 2013

A Equipe do CAS RJ, realizou na última sexta-feira,dia 08 de março a primeira avaliação de intérpretes de 2013.
Foram avaliados, sete intérpretes e os que não se encontravam aptos terão nova chance daqui a seis meses.
O importante é nunca deixar de se atualizar, praticar e procurar estar sempre em contato com a comunidade surda.
QUAL É O PAPEL DO INTÉRPRETE?
Realizar a interpretação da língua falada para a língua sinalizada e vice-versa observando os seguintes preceitos éticos:
a) confiabilidade (sigilo profissional)
b) imparcialidade( o intérprete deve ser neutro e não interferir com opiniões próprias)
c) discrição( o intérprete deve estabelecer limites no seu envolvimento durante a atuação)
d) distância profissional ( o profissional intérprete e sua vida pessoal são separados)
e) fidelidade ( a interpretação deve ser fiel, o intérprete não pode alterar a informação por querer ajudar ou ter opiniões a respeito de algum assunto, o objetivo da interpretação é passar o que realmente foi dito.)

FONTE: O TRADUTOR E INTÉRPRETE DE LÍNGUA DE SINAIS E LÍNGUA PORTUGUESA- MEC

quinta-feira, 7 de março de 2013

NO DIA INTERNACIONAL DA MULHER O CAS RJ TRAZ A SUA HOMENAGEM


Mulheres, personalidades
honradíssimas
Temos nós, orgulho em tê-las.
Mãe, amada, irmã... Amiguíssimas
Impossível não percebê-las.
Desde as meigas, às extremistas,
Não há quem possa vencê-las.

Como mãe, semeia esperança
Como irmã, espalha fervor
Se esposa, há perseverança
Se sofrida, nos causa dor
Se trabalhadora, emite confiança,
Mas em tudo, cultiva amor.

Mulher, símbolo da vida,
Imagem da perfeição.
Tantas vezes abatida
Por causa da traição
De alguém que, “enlouquecida”
Entregou seu coração.

Com palavras vim demonstrar,
Da humanidade a gratidão,
Tu mereces compartilhar
De toda realização,
Pois está sempre a participar
Do que enaltece uma nação.
Independente do nome
Que você recebeu,
É a maior demonstração
De beleza, garra, amor... Fé.
Por tudo isso você conquistou
O Dia Internacional da Mulher.


(José Raimundo Correia dos Santos)


  Helen Keller

Helen Adams Keller, nascida em Tuscumbia, Alabama, no dia 27 de junho de 1880, falescendo em Westport, 1 de junho de 1968, foi uma escritora, conferencista e ativista socialestadunidense.
Foi dos maiores exemplos de que as deficiências sensoriais não são obstáculos para se obter sucesso. Helen Keller foi uma extraordinária mulher, triplamente deficiente, que ficou cega e surda, desde tenra idade, devido a uma doença diagnosticada na época como febre cerebral (hoje acredita-se que tenha sido escarlatina). Superou todos os obstáculos, tornando-se uma das mais notáveis personalidades do nosso século. Ela sentia as ondulações dos pássaros através dos cascos e galhos das árvores de algum parque onde ela passeava.
Tornou-se uma célebre escritora, filósofa e conferencista, uma personagem famosa pelo extenso trabalho que desenvolveu em favor das pessoas portadoras de deficiências. 
 Heather Whitestone 

Heather Leigh Whitestone McCallum, nascida em 24 de fevereiro de 1973 em Louisville, Kentucky, foi a primeira Miss Estado Unidos surda detentora do título da América, tendo perdido a maioria de sua audição ainda com dezoito meses de vida.
Heather tem sido a porta-voz da Fundação Helen Keller para Pesquisa sobre o Olho e da Fundação Starkey para Aparelhos Auditivos. Escreveu também um livro intitulado “Ouvindo com meu Coração” (Listening with My Heart). 
Em suas atividades promocionais, Heather tem sido uma oradora que motiva as pessoas a acreditar e a implementar seus sonhos.
Marlee Matlin 

Marlee Beth Matlin, nascida em 24 de agosto de 1965, é um atriz norte-americana ganhadora do Oscar e é surda.
Matlin perdeu a audição quando ainda era bebê (aos 18 meses de vida) devida à doença exantema súbito (Roseola infantum). Ela perdeu primeiro a audição do ouvido direito e 80% do ouvido esquerdo.
Ela fez seu primeiro trabalho quando possuía 7 anos, como Dorothy numa versão para o teatro da peça O maravilhoso mágico de Oz e continuou a aparecer no mesmo grupo de teatro.
Seu primeiro trabalho no cinema foi em 1986 no filme Children of a Lesser God - Os Filhos do Silêncio - pelo qual ganhou o globo de ouro de melhor atriz dramática e o Oscar de melhor atriz (aos 20 anos, a mais jovem a ganhar o prêmio), ao contracenar com o seu marido na época, o ator William Hurt.
Laura Bridgman 

Laura Dewey Bridgman, nascida em Hanover, New Hampshire, 21 de dezembro de 1829, falescendo em 24 de maio de 1889, foi uma conhecida mulher estado-unidense surdocega, a primeira a estudar significativamente a língua inglesa, cerca de 50 anos antes de Helen Keller.
Laura nasceu sem qualquer deficiência mas, aos dois anos de idade, adoeceu com escarlatina, ficando surdocega.

Emmanuelle Laborit



Emmanuelle Laborit, nascida em 18 de Outubro de 1971, é uma atriz francesa e diretora do Teatro Visual Internacional.
Nascida surda, Emmanuelle Laborit é neta do cientista Henri Laborit (1914-1995). Só conheceu a língua gestual aos 7 anos, ensinando-a rapidamente à sua irmã, que assim se tornou sua confidente.
O seu livro autobiográfico O grito da gaivota, escrito em 1993, retrata as suas lembranças de infância, sua difícil adolescência e o início da sua idade adulta autómona, assim como o seu percurso.
Venceu o prémio Molière da revelação teatral, em 1993, pelo seu papel em Filhos de um deus menor, adaptado da peça estadunidense com o mesmo nome, escrita por Mark Medoff: ela é a primeira comediante Surda a receber, em França, tal reconhecimento. Tornou-se ainda a embaixatriz da Língua Gestual Francesa. 

  Anita Malfatti   
  Ela sofreu muita pressão da família, que não via futuro promissor para uma moça solteira deficiente e que não dava sinais de que poderia se tornar uma boa professora de arte, isto certamente fez de Anita uma artista de muitas fases, inquieta, insegura e sempre incompreendida.As telas interiores-exteriores, ocupados por uma figura feminina, e as exteriores-interiores, também com figuras femininas, seriam a produção mais válida e permanente de Anita do estágio francês, com suas " mulheres" solitárias, reclinadas ao balcão,assim,Anita Malfatti entremostrava sua solidão.

Vanessa Vidal 

Com um sorriso estonteante no rosto, Vanessa esbanjou Carisma e simpatia tanto no Miss Ceará como no Miss Brasil, arrancando aplausos e quebrando tabus por onde passa. Hoje a modelo é referência na luta pela inclusão social de todos os deficientes, pois Vanessa foi a primeira deficiente auditiva a participar do Miss Brasil em 54 anos de existência do concurso.
Desde o título Vanessa não para. São desfiles, entrevistas para jornais, revistas e TVs, além de palestras e seminários contando sobre suas conquistas e superações. "Com a minha vitória a cultura surda pôde ser apresentada para todos. Tenho certeza que minha missão como Miss foi comprida. Me sinto emocionada em passar a faixa, e espero que a Miss Ceará 2009 represente nosso Estado tão bem como eu representei", afirma Vanessa Vidal.
Fonte: site do surto

CAS REALIZA A PRIMEIRA AVALIAÇÃO DE 2013

  Na  próxima sexta feira, dia 08 de março será realizada na sede do CAS RJ a primeira avaliação para intérpretes de LIBRAS de 2013.
  Apenas os intérpretes previamente convocados serão avaliados nesta data. Posteriormente colocaremos as fotos aqui no blog!!!!
   Aguarde!!!

SURDEZ PROGRESSIVA


Xico Graziano - O Estado de S.Paulo
Túnel das Sensações. Assim se chama um curioso corredor existente na Villa Ambiental, espaço de referência na educação ambiental paulista. Ele mexe com a cabeça das crianças. Mas também impressiona os adultos.
Situada dentro do Parque Villa Lobos, ali na Marginal do Pinheiros, na capital paulistana, a Villa Ambiental está recheada de ferramentas pedagógicas que servem ao programa Criança Ecológica, conduzido pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente. Ela busca transmitir aos alunos do ensino fundamental, com idade entre 8 e 10 anos, o dilema da sustentabilidade humana; 18 mil crianças, acompanhadas por suas professoras, já passaram por lá em excursão. Nenhuma voltou para casa como chegou.
No Túnel das Sensações percorre-se um pequeno, embora denso e fechado trajeto, onde em silêncio as crianças sentem as emoções brotar à flor da pele. Cheiros, sons, temperatura, umidade, cores e objetos reproduzem alguns ambientes básicos da existência humana. Primeiro, um ecossistema natural onde prevalece a energia dos recursos hídricos. Nele tudo é azul.
Escondidos alto-falantes murmuram o toar de uma cachoeira, enquanto borrifadores umidificam a atmosfera do percurso. Ouve-se o som molhado da água das chuvas e se visualizam, nas paredes, belíssimas imagens de recantos que acalmam o espírito. Barulho, somente o ronco das trovoadas. Tocante.
A criançada, na sequência, entra no trecho dedicado a reproduzir o local das florestas. Ali, na agenda da biodiversidade, predomina o verde, cujo ambiente selvagem traz novas sensações à pele. O frescor permanece, mas nesse momento pássaros assobiam sua melodia contagiante. Silenciosamente encantador.
Por fim, no terceiro segmento do túnel, que inteiro mal mede 20 metros, muda completamente o cenário. Logo ao se transpor uma cortina, fotos de terríveis queimadas indicam a devastação florestal, o ambiente se aquece. Lâmpadas simulam o calor das ilhas de asfalto, lixo se acumula nas beiradas, fumaça enegrece o ar. Caminhando lentamente se percebem roncos angustiantes, buzinas ensurdecedoras. "Socorro", dizem muitas crianças nesse trecho final de seu aprendizado ecológico.
A cidade de São Paulo acaba de completar 457 anos. Loas são-lhe, merecidamente, dedicadas, homenageando sua história, em que se misturam jesuítas, bandeirantes, comerciantes, operários, industriais, agricultores, homens e mulheres, ricos e pobres, brancos e negros, imigrantes e nordestinos. O coração do Brasil pulsa na capital paulista.
Que incrível metrópole essa gente toda construiu com seu trabalho, obstinação, idealismo ou ganância. Desde quando o eixo econômico do País se deslocou para o Sudeste, na sequência do ciclo da mineração, a vila erguida nos campos de Piratininga deslanchou rumo ao progresso. Sabe-se, é evidente, que muita miséria e sofrimento se espalham nas esquinas de suas ruas, ou se escondem nos buracos dos viadutos.
Mas já foi pior. O poder público, juntamente com a iniciativa privada, conseguiu aos poucos chegar às periferias, antes tragicamente carentes de qualquer beneplácito urbano. Basta reler São Paulo: Crescimento e Pobreza, importantíssimo livro publicado pelo Cebrap (1975), para se ter uma ideia da melhoria conseguida na qualidade material de vida dos paulistanos.
Nessa mesma época, começava a engrossar em São Paulo o drama contemporâneo da poluição do ar. Chaminés de fábricas e, posteriormente, escapamentos de veículos começaram a sujar a atmosfera, e a entupir os pulmões das pessoas. Não tem sido fácil essa batalha, a Cetesb que o diga. Mas as melhorias nos motores de combustão, o etanol carburante, os filtros, novas tecnologias, transporte público, tudo isso operou, e com a fiscalização, para manter a situação sob controle. Infelizmente, o desafio do ar limpo, e da saúde pública, ainda continua ameaçador.
Recentemente, uma boa invocação dos prefeitos José Serra e Gilberto Kassab atacou outra frente da sujeira paulistana: a poluição visual. Outdoors, cartazes, faixas, placas competiam entre si e com os luminosos de néon para ver quem mais estragava a cara da metrópole. Passada a incredulidade inicial, a novidadeira política fez a cidade grande se mostrar mais bela.
Chegou a hora de São Paulo enfrentar nova briga, agora contra a poluição sonora. Está ensurdecedora a capital paulistana. Sim, já existem leis de combate ao ruído, que poderiam, talvez, ser mais rigorosas. Mais importante, porém, falta prestar atenção ao assunto, retirando-o da trivialidade. Guerra contra o barulho.
Na subida da Rua da Consolação, por exemplo, chega a ser impossível conversar no ponto de ônibus ou no boteco da padaria. No trânsito, motos disputam campeonato de algazarra com ônibus, caminhões e ambulâncias, torpedeando nossos ouvidos. Surdez progressiva.
Proponho lutar contra a balbúrdia dos escapamentos abertos, ônibus assobiantes, caçambas desparafusadas, obras estrondantes, música zoada. Chega de tolerar a ruína de nossos ouvidos, como se a modernidade exigisse vida estrondosa. Nada disso. Paz para os ouvidos!
Mônica, minha esposa, afirmou-me noutro dia que as motocicletas de Tatuí, sua terra natal, são as mais estrondosas do mundo. Fiquei em dúvida. Mas é verdade, sim, que muitas cidades médias também andam contaminadas pelo ruído perverso. Está aí uma boa razão para São Paulo sair na frente. Dar o exemplo.
Quando as pessoas da roça vêm para São Paulo, parecem-se com as crianças que visitam o Túnel das Sensações da Villa Ambiental. Acostumadas ao silêncio do interior, assustam-se com o alvoroço da cidade grande. O barulho ergue uma divisória entre o mundo rural e o urbano. Isso poderia acabar.
Viva a quietude!

sábado, 2 de março de 2013

GALLAUDET

É a única universidade do mundo cujos programas são desenvolvidos para pessoas surdas. Está localizada emWashington, D.C., a capital dos Estados Unidos. É uma instituição privada, que conta com o apoio direto do Congresso desse país. A primeira língua oficial de Gallaudet é aAmerican Sign Language (ASL), a língua de sinais dos Estados Unidos (o inglês é a segunda). Nessa língua se comunicam entre si empregados, estudantes e professores, e se ditam a maioria dos cursos. Ainda que se conceda prioridade aos estudantes surdos, a universidade admite, também, um pequeno número de pessoas ouvintes a cada semestre. A estas se exige o domínio da ASL como requisito para permanecer na instituição.

Origem da instituição

O campus principal da universidade, localizado próximo ao centro administrativo da cidade, foi doado em 1856 por Amos Kendall, um político rico que queria fundar ali uminternato para crianças surdas e cegas. A instituição, que foi inaugurada em 1857, foi chamada Columbia Institution for the Instruction of the Deaf and Dumb and Blind. Para dirigí-la foi escolhido Edward Miner Gallaudet, o filho mais novo de Thomas Hopkins Gallaudet, quem havia fundado e coordenado por muitos anos a primeira escola para surdos dos Estados Unidos.
Sete anos mais tarde, em 1864, o Congresso do país autorizou a escola a conferir títulos universitários. A matrícula de estudantes nesse programa era, então, de oito pessoas. Em 1954, outra decisão do Congresso mudou o nome da instituição paraGallaudet College, para honrar a memória do fundador da educação para surdos nesse país, Thomas Hopkins gallaudet. Em 1986, foi reconhecido o processo acadêmico alcançado pela instituição ao declará-la Gallaudet University. A matrícula atual da universidade gira em torno de 2000 estudantes (dos quais cerca de 25% cursam programas de pós-graduação).
A Universidade Gallaudet oferece, hoje, educação para surdos em todos os níveis (desde a escola primária até o doutorado). Há cerca de 40 carreiras distintas, em praticamente todas as áres de conhecimento. Em alguns campos de investigação, tais como lingüística e ensino das línguas dos sinais, esta universidade tem uma reconhecida liderança mundial.

[editar]O acesso em Gallaudet por parte das pessoas surdas

A instituição que hoje conhecemos como Universidade Gallaudet esteve regida, desde sua origem, por pessoas ouvintes. Somente em 1988 tiveram os surdos oportunidade de ver eleito um deles à reitoria da instituição. Foi o resultado de uma vistosa série de protestos nas ruas de toda a comunidade universitária, conhecidos como Deaf President Now (Reitor surdo já!). Como resultado desse movimento foi eleita uma pessoa surda para o cargo de reitor (Dr. I. King Jordan), e se iniciou um processo de reforma administrativa para que ao menos 51% dos cargos de direção da universidade fossem ocupados por surdos.
Pouco depois do sucesso dos protestos, a Universidade Gallaudet organizou um congresso mundial sobre os surdos, chamado Deaf Away (o estilo surdo), que congregou milhares de pessoas surdas do mundo inteiro, e que simbolizava o início de uma consciência acerca da existência das línguas de sinais e da cultura surda, e do chamado destas à se organizarem para reclamar os direitos essenciais. No ano de 2002 foi celebrado ali mesmo o segundo Deaf Away, que reuniu mais de 10.000 participantes de 120 paísesdistintos.
A Universidade Gallaudet é, para os surdos de todo o mundo, um símbolo na luta para que suas línguas e culturas sejam reconhecidas.
fONTE : WIKPEDIA




CADASTRO DE PESSOAS COM SURDEZ

Amigos, uma das ações do CAS RJ para 2013 , é a formação de um banco de dados de pessoas com surdez ou surdocegueira do Estado do Rio de Janeiro, para encaminhamento ao Mercado de Trabalho e atendimento a outras demandas possíveis.

Se você, é surdo, possui algum amigo ou familiar surdo, divulgue esta notícia.
O cadastro pode ser efetuado por e-mail de acordo com as informações abaixo.




sexta-feira, 1 de março de 2013

TREINAMENTO CONEXÃO EDUCAÇÃO PARA EQUIPES DA EDUCAÇÃO ESPECIAL

  Nos dias 26, 27 e 28 de fevereiro a SEEDUC -RJ promoveu um treinamento para as equipes  da Coordenação de Educação Especial - NAPES, CAS, CAP E NAAH/S ,na Escola SEEDUC para formação e capacitação no Programa CONEXÃO EDUCAÇÃO.




terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Teste da Orelhinha: simples e essencial ao bebê


                                       Teste da Orelhinha

Um dos sentidos mais importantes para o desenvolvimento completo da criança é a audição. O bebê já escuta desde bem pequeno, antes mesmo de ser erguido pelo doutor em sua apresentação ao mundo. Isso acontece a partir do quinto mês de gestação, onde o bebê ouve os sons do corpo da mamãe e sua voz.
É através da audição e da experiência que as crianças têm com os sons ainda na barriga da mãe que se inicia o desenvolvimento da linguagem. Qualquer perda na capacidade auditiva, mesmo que pequena, impede a criança de receber adequadamente as informações sonoras que são essenciais para a aquisição da linguagem.
Bom, depois dessas informações fica mais fácil saber a importância do Teste da Orelhinha, ou Triagem Auditiva Neonatal, que é realizado já no segundo ou terceiro dia de vida do bebê. Ao contrário do nome parecido com o teste do pezinho, no Teste da Orelhinha não é preciso fazer um furinho na orelha do bebê (ainda bem).
Esse exame consiste na colocação de um fone acoplado a um computador na orelha do bebê que emite sons de fraca intensidade e recolhe as respostas que a orelha interna do bebê produz.
O exame logo ao nascer é imprescindível para todos os bebês, principalmente àqueles que nascem com algum tipo de problema auditivo. Estudos indicam que um bebê que tenha um diagnóstico e intervenção fonoaudiológica até os seis meses de idade pode desenvolver linguagem muito próxima a de uma criança ouvinte.
O grande problema é que a maioria dos diagnósticos de perda auditiva em crianças acontece muito tardiamente, com três ou quatro anos, quando o prejuízo no desenvolvimento emocional, cognitivo, social e de linguagem da criança está seriamente comprometido.
Fácil, rápido e sem dor - Recado para as mamães: o Teste da Orelhinha é realizado com o bebê dormindo, em sono natural, é indolor e não machuca, não precisa de picadas ou sangue do bebê, não tem contra-indicações e dura em torno de 10 minutos. Viu que fácil.
Há os chamados bebês de risco para a surdez. São os casos em que já existe um histórico de surdez na família, intervenção em UTI por mais de 48 horas, infecção congênita (rubéola, sífilis, toxoplasmose, citomegalovirus e herpes), anormalidades craniofaciais (má formação de pavilhão auricular, fissura lábio palatina), fez uso de medicamentos ototóxicos, entre outros. Se o Teste da Orelhinha já e importante para uma criança sem problemas, imagine para essas crianças.
Mas todos os bebês devem fazer o Teste. Em bebês normais, a surdez varia de 1 a 3 crianças em cada 1.000 nascimentos, já em bebês de UTI Neonatal, varia de 2 a 6 em cada 1.000 recém-nascidos. A avaliação Auditiva Neonatal limitada aos bebês de risco é capaz de identificar apenas 50% dos bebês com perda auditiva.
A deficiência auditiva é a doença mais freqüente encontrada no período neonatal quando comparada a outras patologias. Só como exemplo, o Teste do Pezinho aponta uma criança em cada 10 mil nascimentos, muito menos que o da Orelhinha.
Portanto, o Teste da Orelhinha é algo fundamental ao bebê, já que os problemas auditivos afetam a qualidade de vida da criança, interferindo no processo da fala, entre muitas outras coisas.
É como uma bola de neve: a criança cresce e tem dificuldade em ouvir ou se expressar e, com isso, sente mais dificuldade em se socializar. Isolada por não ter fácil acesso ao grupo de amiguinhos, ela pode apresentar depressão. E por aí vai.
Para que isso não aconteça, procure o pediatra, um médico otorrinolaringologista ou uma fonoaudióloga quando houver alguma suspeita de perda auditiva no seu filho.
O teste é obrigatório por lei?
Sim. Desde o dia 2 de agosto de 2010 o exame é obrigatório e gratuito.
Dicas
0 a 6 mesesO bebê se assusta, chora ou acorda com sons intensos e repentinos. Reconhece a voz materna e procura a origem dos sons.
6 a 12 meses
Localiza prontamente os sons de seu interesse e reage a sons suaves. O balbucio se intensifica e reconhece seu nome quando chamado.
12 a 30 meses
Vai do início da primeira palavra (papai) até o uso de sentenças simples (dá bola). Lógico que ainda é cedo, mas nunca incentive o filho a falar errado só porque soa bonitinho. Se ela diz que o papai chegou de "calo", corrija naturalmente dizendo que ele chegou de carro. O estímulo à pronúncia correta é fundamental no aprendizado.
Bruno Rodrigues

PROLIBRAS


Atenção! 
No próximo Domingo, dia 03 de março, será realizado o 6º Prolibras em 35 cidades do Território Brasileiro. 
Não esqueça a documentação exigida e atenção ao horário para não perder a prova. 
Boa sorte! 

FILMES INTERESSANTES SOBRE A SURDEZ

                                                   O MILAGRE DE ANNE SULLIVAN


O Milagre de Anne Sullivan (The Miracle Worker), filme de 1962, dirigido por Arthur Penn, conta a história real da menina Helen Keller, que ficou cega e surda depois de uma doença quando tinha pmenos de um ano de idade. O filme focaliza o início do relacionamento entre Helen e Annie Sullivan, sua tutora, dando ênfase ao caminho que Annie tomou para conseguir fazer a menina relacionar uma palavra soletrada em sua mão, através do tato, com o objeto em si.


Trata-se de um processo de adaptação complexo. A vida de Helen foi “adaptada” por ela mesma em uma biografia chamada The Story of My Life. Desse livro, surgiu a peça de William Gibson, que foi encenada para a televisão num programa chamado Playhouse 90. Essa “telepeça” foi adaptada pelo próprio Gibson para a Broadway, em que Anne Bancroft fazia o papel de Annie Sullivan e Patty Duke interpretava Helen Keller. As mesmas atrizes foram utilizadas no filme de 1962, também escrito por William Gibson, baseado na peça dele para a Broadway. Pode-se considerar, então, que o filme é uma adaptação de 4ª ordem. Isso não faz mal a nenhuma história, desde que a narrativa esteja nas mãos de alguém competente (como William Gibson e Arthur Penn); na verdade, um processo desses pode resultar em uma melhora da obra, de forma que um produto final termina se tornando mais valioso artisticamente, como um licor que sofre destilação várias vezes para poder se tornar perfeito.


O filme pode não ser perfeito, mas chega perto disso. As atuações são excelentes, desde que se desconsidere a teatralidade do tipo de atuação da época (talvez, aqui, resultado mais do fato de ser uma adaptação de uma peça teatral do que da incapacidade dos atores de atuar de outra forma). A direção é simples, plana, sem malabarismos, bastante consciente do tipo de história que está contando. O roteiro é enxuto, com belas falas, típicas do teatro, mas que funcionam muito bem para o teor do filme. Algumas metáforas ensaiadas pelas personagens merecem ser lembradas, como a comparação entre a alma de Helen presa em seu corpo e a água embaixo da terra, esperando ser tirada de lá para revelar vida.

Outra ótima comparação acontece na cena do nascimento do pinto, saindo do ovo, em que a professora de Helen (enquanto ela segura o pinto para que ele não saia do ovo) diz que a galinha tem que sair da casca um dia, e pede para que Helen também saia da sua casca. Uma metáfora bastante simples, mas eficaz no contexto da obra.

Outro bom momento diz respeito à cena em que Helen, acostumada a “brincar de mexer os dedos”, soletra palavras (cujo significado ela não compreende) para um cachorro, fazendo os movimentos na pata dele. O cachorro não entende Helen, assim como Helen não entende a professora. Os pais da menina estão satisfeitos com a “domesticação” de Helen, enquanto Annie Sullivan continua tentando fazê-la entender que aquilo é uma linguagem.


A luta de Anne por fazer Helen compreender continua por todo o filme.

No final, a chave que havia sido escondida por Helen no poço aparece como metáfora da “chave” para fazer Helen entender.

Numa cena emocionante, Helen consegue finalmente compreender que aqueles movimentos em sua mão, que soletram W-A-T-E-R (água) significam aquela coisa, aquele líquido que ela tão bem conhece, e que aquilo é uma linguagem. Um prévio entendido de linguagem, no entanto, era necessário. É por isso que, em cena do início do filme, a mãe esclarece que Helen já sabia dizer “água” (pronunciava algo como “á-a” – “wah-wah”, em inglês, water), antes da doença. A chave para solucionar o problema estava ali, na água, escondida em um poço, no escuro, longe da luz e do som, posta lá pela própria Helen.

ADORÁVEL PROFESSOR





Em 1964 um músico (Richard Dreyfuss) decide começar a lecionar, para ter mais dinheiro e assim se dedicar a compôr uma sinfonia. Inicialmente ele sente grande dificuldade em fazer com que seus alunos se interessem pela música e as coisas se complicam ainda mais quando sua mulher (Glenne Headly) dá à luz a um filho, que o casal vem a descobrir mais tarde que é surdo. Para poder financiar os estudos especiais e o tratamento do filho, ele se envolve cada vez mais com a escola e seus alunos, deixando de lado seu sonho de tornar-se um grande compositor. Passados trinta anos lecionando no mesmo colégio, após todo este tempo uma grande decepção o aguarda.

A importância de LIBRAS, na comunicação com pessoas surdas



Ao refletir sobre a importância das Libras na vida das pessoas surdas, pode-se perceber que a utilização da Linguagem Brasileira de Sinais é um meio de garantir a preservação da identidade surda, bem como contribui para a valorização e reconhecimento da cultura surda que, por tanto tempo, foi o alvo da hegemonia da cultura ouvinte. Relevando a surdez como uma experiência visual, popularizando a linguagem de sinais, garante-se ao surdo a possibilidade de reconhecimento e legitimação desta forma de comunicação, desprezando qualquer forma de padronização, de comportamento ou tentativa de normalização do sujeito surdo.

Cabe ressaltar também que a utilização das libras facilita a comunicação entre os surdos, que passam a se compreender como uma comunidade que tem características comuns e devem ser reconhecidas como tal. Além de propiciar a facilidade de comunicação entre os surdos, a Libras também propicia uma melhor compreensão entre surdos e ouvintes, uma vez que, já está previsto em lei a presença de intérpretes de Libras em diferentes instituições sociais, como, por exemplo, escolas e universidades. Outro aspecto positivo da Libras é a sua utilização em programas de televisão, palestras, eventos sociais diversos, etc., uma prática que vem sendo cada vez mais comum e que tem a tendência de alcançar outros âmbitos sociais, já que, a comunidade surda tem um número bastante expressivo de pessoas e que estão reivindicando seus direitos como cidadãos, praticando a verdadeira forma de inclusão social.

Além da legitimação da cultura surda, a utilização da Libras da voz a esta cultura, possibilita o entendimento de suas necessidades, anseios e expectativas podendo assim, facilitar o atendimento a essas necessidades, sendo a forma mais expressiva de exercício da cidadania. Dessa forma, pode-se concluir que a utilização da linguagem brasileira de sinais deve ser cada vez mais popularizada e incentivada, não apenas nas instituições escolares, como também na sociedade em geral, colaborando para a melhoria da qualidade de vida dos surdos, desprezando perspectivas meramente filantrópicas, mas sim como uma forma de assegurar os direitos como cidadão e o respeito às diferenças.

Fernanda Zanette
fezanette@soledade.com.br

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Certificação do PROLIBRAS

 No dia 03/03/ 2013 estará sendo realizado a sexta edição do Exame Nacional para Certificação de Proficiência no Ensino da Língua Brasileira de Sinais (Libras) e para Certificação de Proficiência na Tradução e Interpretação da Libras/Língua Portuguesa. 
A Equipe do CAS RJ, deseja a todos os inscritos sucesso na realização da certificação!
  Qualquer dúvida pode ser sanada no site oficial do prolibras:                        http://www.prolibras.ufsc.br